O amor é um trabalho em equipe

Lá vamos nós escrever sobre meu tema favorito

Observar as pessoas de modo silencioso e introvertido as vezes me traz boas reflexões, e a maioria delas é sobre suas relações. Nas relações humanas, é onde o amor pode fazer morada.

Me pergunto como que algumas pessoas parecem simplesmente não ter amor. E, assim, conclui que talvez as pessoas não tenham amor porque não houve ninguém disposto a construir esse sentimento com ela.

O amor pode ser uma força, invisível ou visível, concreta ou abstrata, não sei. Quem sou eu pra definir o que é amor? Há a necessidade de delimitar essa entidade em palavras pré-estabelecidas? Mas, independente do que ele seja, nas relações humanas ele há de ser construído. E ele pode (e deve) começar a ser construído desde quando nos entendemos por gente. Como relata minha rainha Bell Hooks:

Nós aprendemos sobre o amor na infância. Seja nosso lar feliz ou problemático, nossa família funcional ou disfuncional, é essa a primeira escola do amor.

Sei que, para construirmos o amor, precisamos de, no mínimo, dois seres. Não precisa nem ser humano. Pode ser um cachorro, um pássaro, uma árvore, uma flor, seres cheios de amor. E, provavelmente, um ser humano não pode ser capaz de construir esse amor sozinho.

Comecemos com a máxima de considerar o amor como uma ação. Love Is a Verb, como canta lindamente John Mayer. Decidir ser amor significa agir e trabalhar de acordo com tal.

E eu não sei dizer em que momento o amor começaria. Em quem o amor iniciaria. Só sinto-me feliz em dizer que em algum momento da história da humanidade selecionamos comportamentos amorosos, e decidiu-se manter o amor como rotina, mesmo que raro, escasso. Deus também sabia que o amor era bom, que não maltratava, nem se envaidecia. E que não amemos de boca, mas em ação e em verdade.

Esse é um texto que diz para tirar a responsabilidade e o sentimento culposo dos ombros, causados por pessoas que, as vezes, não possuem em seu coração o edifício amoroso. A culpa não é nossa de, muitas vezes, não pudermos fazer nascer uma rosa onde não há terra fértil.

Mas o ponto é que, sempre deverá ter alguém que queira, com todo o coração, enxergar em alguém a possibilidade de fazer crescer a rosa do amor. Isso faz bem, faz bem pro mundo.